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Bukele, narcoterrorismo ou língua solta? O Brasil e os seus problemas

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sunday

Poder de compra e criminalidade são a dupla de problemas que assombra o brasileiro ao longo das duas últimas décadas. Como numa gangorra, quando o primeiro está em baixa, a preocupação com a criminalidade ganha saliência nas pesquisas de opinião. Em termos relativos, quando solicitados a apontar aquele que consideram o principal problema do país, a preocupação com a violência tende a cair para a segunda posição quando a economia vive a combinação de inflação e desemprego em alta. Não é o caso do momento. A economia registra, neste segundo trimestre de 2025, a menor taxa de desocupação da série histórica iniciada em 2012: 5,6%, segundo a Pnad Contínua, divulgada esta semana pelo IBGE. Ao mesmo tempo, os preços dos alimentos caíram pelo quinto mês seguido, ajudando a desacelerar o IPCA-15.

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Nesse contexto, é de se esperar que o pânico com a criminalidade e a falta de segurança pública frequentem a primeira posição no ranking das preocupações dos brasileiros nas pesquisas de opinião, o que, em si, já gabaritaria a temática para a pauta central no debate eleitoral de 2026. Esse movimento natural, contudo, ganhou novo impulso nesta semana, após a Operação Contenção. Não apenas pela crueza das imagens – e a polêmica instalada numa sociedade estressada pela violência, em sua maioria tentada a dar sustentação à narrativa da necropolítica para a “eliminação”, à queima roupa dos criminosos e de civis que estiverem pelo caminho, desde que da periferia.

Mas também porque o debate rasteiro caiu ao colo dos governadores bolsonaristas ou que orbitam o bolsonarismo. Particularmente, os presidenciáveis Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), abraçaram com ímpeto a “oportunidade”. Para além de repetir os........

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