Opinião | Trump é mesmo um ativo russo, como acusa o presidente de Portugal? As provas vão de ‘a’ a ‘z’
Uma compreensão visual e analítica do que está acontecendo no mundo
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Sean Penn é um agente secreto na vida real?
A história do ator Sean Penn vai muito além do cinema. Crédito: Amanda Botelho, Bruno Nogueirão / Estadão - AFP, AP, Motion Array
Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, acusou Donald Trump de ser um “ativo russo”. Disse ele:
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“O líder máximo da maior superpotência do mundo, objetivamente, é um ativo soviético, ou russo.”
“Em termos objetivos, a nova liderança norte-americana tem favorecido, estrategicamente, a Federação Russa.”
A posição pegou muita gente de surpresa. Não é papel institucional do presidente conduzir a política externa de Portugal. Isso cabe ao governo, liderado pelo primeiro-ministro – neste momento, Luís Montenegro.
Mas a acusação merece atenção. Mesmo pequeno, Portugal, afinal, é um dos doze países fundadores da Otan.
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O que exatamente significa ser um “ativo”? O mesmo que um “agente”? Um “espião”? O presidente português está acusando Trump de ter sido recrutado pelo Kremlin? Ou dá pra dizer que tudo isso não passa de teoria conspiratória?
Para entender essas respostas, nós precisaremos primeiro explorar os fundamentos desse universo.
Todas as grandes potências do mundo possuem serviços de inteligência. Os Estados Unidos têm a CIA. O Reino Unido tem o MI6. A Rússia tem o FSB. A China tem o MSS. Israel tem o Mossad. E há ainda outras inúmeras agências, nesses e em outros países, com diferentes propósitos.
Serviços de inteligência são tão antigos quanto o próprio Estado. Eles existem porque o poder não reside apenas nas forças armadas, mas no conhecimento do terreno político, moral e psicológico em que atua.
Líderes políticos precisam de inteligência para negociar tratados, prevenir ataques, antecipar crises e compreender as intenções de rivais e aliados.
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Mas serviços de inteligência não servem apenas para reduzir incertezas. Eles também funcionam como instrumentos de projeção de poder – para influenciar as estruturas de outros estados e moldar o ambiente externo em benefício próprio.
Foi o que a CIA e o MI6 fizeram no Irã em 1953, no golpe de Estado contra o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh. Ou o que a inteligência soviética fez na ascensão do Partido Comunista Chinês, na primeira metade do século 20. E isso para ficar em apenas dois exemplos.
MI6, o serviço secreto do Reino Unido, terá um novo chefe. Seus desafios serão imensos
CIA, MI6 e mais: conheça as agências de inteligência........
© Estadão
