Opinião | Pseudo-democracia
A Constituição de 1988, pretensamente cidadã, deixou de regulamentar a etapa essencial para a vinculação dos cidadãos com os vários níveis legislativos de nossa estrutura política. Após depositar o voto em seus representantes políticos, o cidadão comum perde o contato com vereadores e deputados, mesmo por ele eleitos. Ou seja, fica fragilizado o fluxo de conhecimentos e anseios dos cidadãos que, afinal, são os destinatários das decisões legislativas reguladoras da sociedade.
O desafio da democracia consiste em ordenar a diversidade de conhecimentos e sentimentos individuais em processos decisórios capazes de redundar em ações consideradas benéficas para o conjunto da população. Na avaliação do benefício social, o critério de maioria de votos é essencial. Seja nas ágoras gregas, nas dietas germânicas ou nos parlamentos ocidentais, a opção entre propostas alternativas de ação obtém-se por maioria de votos dos representantes políticos.
No entanto, a promoção do bem-estar da população depende da possibilidade de cada indivíduo ou cidadão poder comunicar aos representantes políticos seus saberes, intentos e interesses. Aqui reside um problema epistemológico fundamental: o significado de um conceito, comunicado por via oral ou por escrito, por parte de um indivíduo, não coincide necessariamente com o conteúdo cognitivo e sentimental na mente do outro. Mesmo........





















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