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Opinião | Minerais críticos: algumas verdades inconvenientes

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Os chamados minerais críticos ou estratégicos ganham espaço nas negociações mundiais. Esse interesse desperta ainda mais atenção quando o Brasil aparece como um dos países com maiores reservas, e os minerais poderiam ser usados como moeda de troca nas negociações com os Estados Unidos. Apesar dos recentes discursos nacionalistas do presidente Lula sobre o tema, analistas apontam que eles poderão ser incluídos num eventual acordo que venha a ser feito para reduzir o impacto do tarifaço na economia brasileira.

Mas ao contrário do que muitas vezes sugerem as reportagens, a classificação de minerais como críticos ou estratégicos não é baseada unicamente em critérios objetivos, tais como propriedades físicas ou químicas, mas é, principalmente, resultante do contexto econômico e de interesses políticos. Por exemplo, nos Estados Unidos, a classificação de alguns minerais como críticos remonta à década de 1930, para garantir o abastecimento da indústria bélica. Naquele país e na União Europeia, a associação do conceito à transição energética somente ocorreu a partir de 2010.

Nesse sentido, vale destacar que esses minerais têm outros usos além de fabricar aerogeradores ou carros elétricos. O lítio é usado nas baterias de munições autoguiadas, ligas de nióbio são necessárias para a........

© Estadão