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Opinião | ‘Free flow’ é inovação promissora, mas ajustes são urgentes

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monday

A implementação free flow nas rodovias brasileiras representa uma das maiores inovações em mobilidade dos últimos anos. As praças de pedágio e suas toneladas de concreto dão lugar a pórticos com passagem livre de veículos, maior justiça tarifária e menor impacto ambiental.

Na Rio-Santos, em pouco tempo, cerca de 70% das transações passaram a ser feitas por usuários do pagamento automático, o que demonstra ampla aceitação do método de pagamento que é sinônimo de free flow em todo o mundo. Mas ajustes são urgentes, especialmente diante da expansão já em curso, com dezenas de novos pórticos previstos em todo o País.

Ainda é comum que motoristas sem pagamento automático desconheçam o funcionamento do sistema e não saibam como realizar o pagamento. Alguns nem percebem se passaram por um radar ou por um pórtico. E o pagamento avulso, alternativa para quem não optou pelo pagamento automático, ainda depende de canais fragmentados, específicos de cada concessionária, gerando confusão, atrasos nos pagamentos e, consequentemente, multas. Só na Rio-Santos, foram mais de 1,2 milhão de autuações em dois anos de operação aplicadas em usuários que não possuem o pagamento automático, muitas delas sob a justificativa de falta de clareza na comunicação e desconhecimento sobre o funcionamento.

Para a Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade (Abepam), é essencial que a consolidação do free flow esteja alicerçada em quatro pilares: comunicação eficiente, incentivos adequados, acessibilidade dos métodos de pagamento e enforcement equilibrado. A comunicação clara com o usuário é responsabilidade de todo o setor e precisa ser continuamente aprimorada.

Embora haja avanços, existe amplo espaço para melhorar a orientação sobre o funcionamento do sistema e os benefícios do pagamento automático, que é mais eficiente, seguro e evita atrasos e multas. Não existe motivo para não considerarmos experiências de........

© Estadão