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Opinião | Meu celular e minha casa: qual não enguiça?

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Pesquisador em Educação e doutor em Economia pela Universidade Vanderbilt (EUA), Claudio de Moura e Castro escreve mensalmente na seção Espaço Aberto

Pesquisador em Educação e doutor em Economia pela Universidade Vanderbilt (EUA), Claudio de Moura e Castro escreve mensalmente na seção Espaço Aberto

Ao voltar para o Brasil, em 2001, comprei uma cobertura, construída com muito esmero. Faz uns cinco anos, mudei-me para uma casa, cuja construção acompanhei de perto.

Em meados dos anos 90, comprei meu primeiro celular. Vez por outra, troco por um novo, mais rápido e que faz mais gracinhas. Segundo entendi, meu iPhone embarca mais de 250 mil patentes. Vez por outra, sem pedir autorização, o fabricante se mete nele e remexe umas tantas coisas. A complexidade e a miniaturização são estonteantes. Pensando bem, são milhões de circuitos que podem tropeçar. Parece milagre que funcione por um só minuto.

Pensemos nas diferenças de tecnologia entre minhas duas importantes propriedades. Quase todos os métodos construtivos de uma casa atual são centenários. Os materiais são velhíssimos. Água e sanitários dentro de casa apareceram na Revolução Industrial. A eletricidade lá está, faz mais de um século. Tubos de plástico são usados, há dezenas de anos. Tudo o que nela foi instalado desfruta de um longo período de consolidação técnica. Não há novidades trazendo surpresas, pois houve amplo tempo para eliminar os........

© Estadão