Sendo eu um militar de abril, na Marinha de Guerra Portuguesa, ignorava, como é óbvio, a existência de partidos políticos e o que eles representavam para a instituição do regime democrático no nosso país.

Regressado de Angola, em julho de 1975 e, agora, usufruindo da liberdade de expressão como uma das conquistas da Revolução do Cravos, comecei a frequentar sessões de esclarecimento, reuniões e congressos, algumas por convite, e a privar com pessoas, mais esclarecidas, com as quais comecei a perceber a importância de um partido político. Foi, então, que comecei a simpatizar com as ideias de Francisco Sá Carneiro, às quais aderi, incondicionalmente, e me inscrevi como militante do PPD.

Tendo chegado à Marinha exibindo, como habilitações literárias, apenas a 4.ª classe, foi aí que encontrei as condições ideais para enriquecer os meus conhecimentos, sendo que, quando regressei do Ultramar, fiz a minha admissão ao Magistério Primário, onde, ao fim de 3 anos, saí formado como Professor Primário, realizando o sonho que sempre acalentei.

Terminei o curso em 1979 e, logo de seguida, fui colocado em Grândola, onde permaneci durante um ano letivo.

À medida que os anos iam passando, as colocações foram-me aproximando de cá, tendo chegado à minha querida cidade de Braga, em 1981.

Entretanto, não obstante a turbulência que se gerou no pós 25 de Abril, quem, como eu, vivenciou o antigo regime, deu para reparar que, em Portugal, se passou a viver muito........

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