“A conspiração”
Como se entende, só quem está por dentro é que pode atestar sobre a existência de uma conspiração. Quem está por dentro, entenda-se, ou na qualidade conjurado, ou enquanto agente infiltrado, o que não é o meu caso, nem numa circunstância, nem na noutra.
Isto dito, quanto dela não saiba na primeira pessoa ou de fonte limpa, um dedinho adivinhão me diz que esteja em marcha uma conspiração para colocar o cidadão André a inquilino de Belém. Acredito que haja quem se ria da minha intuição. Acredito, também, que haja quem clame de imediato que eu esteja feito com quem talha o que ponho às escâncaras, agindo no ensejo como facilitador do que enganosamente denuncio, quase como quem obra para que em cacos se faça porcelana única, que muito se recomenda a criança traquina que não toque, nem com os olhos. Tá-se mesmo a ver!
O cidadão em causa é um abismo, e é sabido que os abismos nos atraem, mais que não seja porque passe por mariquice jogar pelo seguro (não confundir o substantivo comum da locução com os distintos de........
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