“Salazar - O homem das prisões”
Uma parte da sociedade portuguesa tem estado sobressaltada com o aumento dos casos de racismo, intolerância e xenofobia. Vivemos tempos estranhos, nos quais, nos últimos dias e de forma aberta e descarada, têm surgido alusões a Salazar e à suposta necessidade de o nosso país voltar a ter um líder com essas características.
Seriam necessárias várias “resmas de papel” para enumerar os malefícios que o regime salazarista trouxe ao nosso país e à nossa sociedade. Nesse sentido, recordo a dureza da ação de Salazar contra todos os que desafiavam a sua autoridade.
Logo que assumiu a chefia do poder, em 1932, António de Oliveira Salazar começou a elaborar a Constituição que sustentaria o seu novo regime: o Estado Novo.
A Constituição foi promulgada em abril de 1933 e, quatro meses depois, o regime ditatorial de Salazar criou a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (Decreto-Lei n.º 22 992, de 29 de agosto de 1933), bem como o Secretariado de Propaganda Nacional (a 26 de outubro de 1933). Este último deu início à legislação corporativa, à ilegalização das associações operárias e à criação de Sindicatos Nacionais, controlados pelos patrões e pelo Estado.
A publicação do “Estatuto do Trabalho Nacional e Organização dos Sindicatos Nacionais”, em setembro de 1933 (com efeitos a partir de janeiro de 1934), agitou muito o movimento sindical, tendo daí resultado a célebre greve/revolta de 18 de janeiro de 1934.
Aproveitando o grande descontentamento dos trabalhadores, ocorrido a 18 de janeiro de 1934 e brutalmente reprimido pela polícia, Oliveira Salazar aproveitou a ocasião para construir uma narrativa que perduraria na sociedade portuguesa até 1974: o controlo total dos sindicatos. Pela primeira vez, acusou diretamente os comunistas de serem os instigadores da anarquia na sociedade........





















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