Sem vencedores
Em uma guerra somente há perdedores. O conflito no Oriente Médio é um exemplo. Ainda que tenham, teoricamente, destruído o programa nuclear iraniano, os EUA ficaram de mãos atadas após o bombardeio do Irã à base americana de Al Udeid, no Catar. O presidente Donald Trump viu-se acuado ante as ameaças de Teerã de fechamento do Estreito de Ormuz, via marítima estratégica entre o Golfo Pérsico e o Mar da Arábia, responsável pelo escoamento de 30% da produção de petróleo no mundo. Tudo o que Trump menos deseja é o agravamento da crise econômica, no momento em que analistas preveem recessão.
No sábado, o republicano havia prometido uma resposta "devastadora", caso o Irã retaliasse os ataques contra as instalações nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow — esta última a espinha dorsal do programa nuclear iraniano. A retaliação, calculada, veio por parte de Teerã. Em vez de amplificar o conflito e brandir armas, Trump viu-se forçado a estender um ramo de oliveira.
Ao longo de 12 dias, até o anúncio do cessar-fogo, o Irã foi desmoralizado várias vezes. Primeiro, com uma ofensiva ousada de Israel, que envolveu uma operação arriscada do Mossad, o serviço secreto do país. Agentes plantaram drones no coração de Teerã e assassinaram cientistas nucleares e comandantes militares. Depois, Israel lançou mísseis contra centros de enriquecimento de urânio.
O golpe de misericórdia foi dado pelos EUA com as bombas antibunker jogadas sobre Fordow. As forças israelenses degradaram a........





















Toi Staff
Gideon Levy
Sabine Sterk
Tarik Cyril Amar
Stefano Lusa
Mort Laitner
John Nosta
Ellen Ginsberg Simon
Gilles Touboul
Mark Travers Ph.d
Daniel Orenstein