A força da resiliência
Imagine um povo perseguido e massacrado; submetido a um genocídio ao qual parte do mundo faz vistas grossas; dono de uma cultura e de um idioma espoliados por vizinhos; forçado a ceder até mesmo o seu símbolo nacional, o Monte Ararat. Qualquer outro povo iria se vitimar, fazer questão de apagar o passado. Não os armênios. Estive em Yerevan, capital da Armênia, durante o feriado nacional de 24 de abril, dia de relembrar mais de 1,5 milhão de vítimas do genocidio armênio. O massacre ocorreu 109 anos atrás. Todos os anos o povo de Yerevan se reúne para repudiar o horror, mas também para homenagear seus mortos. Mais do que uma celebração de luto, os armênios veem o 24 de abril como símbolo de resistência.
Crianças, idosos, famílias e jovens casais afluíram até o Memorial do Genocídio Armênio para depositar flores, honrar o trágico passado e gritar para que o mundo impeça novos........
© Correio Braziliense
visit website