Visão do Correio: mais atenção aos jovens que saem do acolhimento
Casa, comida e roupa lavada, além de quarto para dormir. Habituados a essa estrutura, adolescentes que vivem nos abrigos públicos, pelos mais diversos motivos, ao completarem 18 anos, têm de enfrentar a realidade fora dessas instituições. A insegurança é a primeira peça na bagagem da mudança. Como seguir na vida fora de um ambiente seguro? A maioria não foi capacitada nem se sente apta para enfrentar esse inevitável rompimento, estabelecido na revisão do Código Civil, que cessou a menoridade aos 18 anos. Ao chegar a essa idade, o jovem se torna responsável por todos os atos praticados na vida civil.
Ainda que tenham alcançado a maioridade, faltam a esses jovens experiência e capacitação para conseguir um emprego, lidar com burocracia, um lar para viver e administrar e meios para se sustentar, conforme mostrou série do Correio. Entre 2024 e maio deste ano, 36 adolescentes chegaram aos 18 anos no DF e tiveram de deixar as instituições de acolhimento, mantidas pelo poder público. A inexperiência reforçou a insegurança dos que tinham encontro marcado como uma realidade........
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