Tudo passará
ORLANDO THOMÉ CORDEIRO — consultor em estratégia
Um dos artistas mais populares que o Brasil conheceu foi Nelson Ned. Nascido em 1947, enfrentou todo tipo de preconceito, tanto por seu repertório considerado "brega" quanto por seu nanismo. Ao longo da carreira, iniciada na década de 1960, vendeu cerca de 45 milhões de discos entre compactos, LPs e CDs. Recorri ao nome de sua canção de maior sucesso para dar o título à coluna de hoje.
É certo que o Brasil inteiro vive a tensão provocada pelas ações de Donald Trump contra nosso país, em um movimento combinado com o deputado Eduardo Bolsonaro e que gera um cenário de insegurança e incertezas. Por acreditar que esse quadro será superado, prefiro continuar a abordar um futuro que terá como marco inicial as eleições gerais de 2026.
No que tange à disputa presidencial, tudo indica que veremos "o futuro repetir o passado" e "um museu de grandes novidades", como eternizado por Cazuza em seus versos. As pesquisas de opinião têm indicado que deveremos ter a repetição do que vivenciamos em 2018 e 2022, quando os mesmos dois polos políticos viram seus principais representantes sendo vitoriosos por apresentarem menor rejeição. Ou seja, a opção do eleitorado tende a continuar sendo reativa, e não propositiva.
Porém, ainda que a disputa pelo Executivo federal seja, historicamente, a que mobiliza a maior atenção da população e da mídia, é imperativo........
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