O desafio da diplomacia brasileira e a mineração
» RAUL JUNGMANN, ex-ministro da Reforma Agrária, Defesa e Segurança Pública e atual diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); e GENERAL FERNANDO AZEVEDO SILVA, ex-ministro da Defesa e atual vice-presidente do Ibram
A mudança geopolítica em curso no mundo, em grande parte determinada pelo contexto da transição energética, abriu um ciclo de desordem mundial, de desfecho e prazos imprevisíveis, com impacto inédito nos padrões comerciais e de efeito reversivo da globalização.
A polarização ideológica, por décadas neutralizada pelos pactos pós-guerras do século 20, voltou a registrar uma temperatura mercurial após o reposicionamento dos Estados Unidos nas relações comerciais com o resto do mundo, em uma versão atualizada da guerra fria.
Desde sua posse, a administração Trump adotou uma postura de confrontação e de uso estratégico de tarifas e sanções como instrumentos de pressão política, não mais restritos às questões econômicas tradicionais, mas voltados para a imposição de uma nova lógica de alinhamento ideológico e geopolítico.
Essa estratégia visa consolidar uma frente unificada contra a China, que mantém sua........
© Correio Braziliense
