Movimento dos evangélicos desigrejados
DENISE SANTANA, doutora em teologia, historiadora e jornalista
O cenário atual do segmento evangélico mostra pessoas entrando e saindo das igrejas. O Censo Demográfico 2022 sobre religião, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o número de evangélicos aumentou no Brasil, chegando a 26,9% da população, somando 47,4 milhões de pessoas. Apesar desse crescimento, existe outra realidade: o abandono da comunidade de fé, em que evangélicos se desligam das igrejas institucionais e optam por cultivar uma fé autônoma. O movimento ficou popularmente conhecido como desigrejados.
Esse desligamento dos membros traz um novo panorama para a igreja institucional, que passa por mudanças. Antigamente, existiam os católicos romanos e ortodoxos praticantes e os não praticantes, mas os evangélicos eram praticantes. Hoje, existe o crente que não quer mais frequentar a igreja institucional.
Cada pesquisador categoriza de uma maneira os subgrupos de desigrejados. Entendo que são três. O primeiro grupo comporta os decepcionados, que são pessoas que abandonaram a comunidade pelos mais diversos motivos, mas que não querem o fim da igreja institucional. O segundo são os radicais, que defendem o fechamento dos templos. O terceiro são os consumidores, que são usuários de algumas atividades congregacionais, mas não querem compromisso de membresia e comunhão.
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