Morte de menina indígena não pode ser apagada
A cada tragédia que assola o mundo, muito se fala sobre a apatia da nossa sociedade, praticamente anestesiada em meio a tantas notícias que embrulham o estômago. Essa indiferença, no entanto, parece ter escalas a depender da vítima de cada ocorrência. Crimes contra crianças, por exemplo, tendem a tocar o coração de cada um de uma maneira diferente, justamente pela jovialidade e pela fragilidade da pessoa envolvida. Quem não se lembra da repercussão dos assassinatos de Henry Borel, Isabella Nardoni e Bernardo Boldrini, só para citar três casos de grande repercussão nacional?
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Reação semelhante deve causar a morte de Dorca Mata Rattia, menina indígena da etnia Warao, de apenas 12 anos, que perdeu a vida, neste mês, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em decorrência de complicações de uma gestação ocasionada por estupro, segundo a polícia. Não se trata de comparação sobre o peso de cada vida ou sobre quem é mais ou menos importante, mas de lançar luz sobre uma morte que........
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