Mapas: para passar o bojador e ir além da heliosfera
ALDO PAVIANI, geógrafo e professor emérito da UnB
Desde as grandes descobertas, países da Europa, do Oriente Médio, do Egito e do Extremo Oriente desenvolveram técnicas de mapeamento para oferecer os primeiros desenhos para viagens marítimas de longa distância. Essas imagens de territórios conhecidos e desconhecidos são mais bem definidas como esboços de mapas. Os portugueses desenvolveram e deram continuidade em seus laboratórios experimentais, digamos assim, aos portulanos, antigas cartas náuticas. Hoje, somos informados de que eram representações detalhadas, muito usadas por marinheiros durante a Idade Média e no Renascimento. Destacavam-se por sua precisão na representação de costas, portos e rotas marítimas. Utilizando linhas de rumo ou de redes de linhas retas, os portugueses traçaram rotas, em vez de meridianos e paralelos, e foram atualizando suas técnicas e seus conhecimentos territoriais de acordo com as descobertas que navegadores relatavam ao retornar de suas viagens.
Com toda a tecnologia moderna, essas cartas náuticas podem nos parecer desenhos toscos, mas, na época, foram de grande utilidade no desbravamento do desconhecido e tenebroso além-mar.
Dando um grande salto no tempo, nos dias atuais observamos avanços tremendos na técnica de mapeamento territorial, em razão de termos acesso........
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