Confiar e desconfiar
ANDRÉ GUSTAVO STUMPF, jornalista
A inesperada mudança de posição do presidente Donald Trump em relação ao Brasil e, especificamente, ao presidente Lula revela o modo de agir da diplomacia norte-americana. Na visão de Washington, a diplomacia é um jogo de pôquer em que o mais forte faz um lance absurdamente elevado para, depois, negociar uma situação mais próxima da realidade. Ainda assim, o jogador tenta ganhar de seu adversário. O governo Trump, com suas tarifas de 10 a 50% contra os vendedores de produtos no mercado interno norte-americano, produziu enorme receita adicional para seus cofres. Quem está pagando a diferença é o consumidor.
A consequência prática dessa ambivalência norte-americana é conhecida pelos latinos há bastante tempo. Não é de boa política confiar no que faz ou diz o Departamento de Estado. São muitos os exemplos de governos que foram mantidos por Washington que, de um momento para o outro, desabaram depois de perder a proteção norte-americana. Na América Central, há dezenas de exemplos, todos baseados no interesse comercial imediato. O mais curioso deles chega a ser exemplar. Fidel Castro desfilou em carro aberto em Nova York logo depois de vencer a revolução em Cuba. Meses depois, o regime cubano foi considerado inimigo dos Estados Unidos, situação que prevalece até hoje.
Marco Rubio, chefe do Departamento de Estado, o que equivale ao nosso ministro de Relações Exteriores, é filho de cubanos exilados. Ele detesta........





















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