A política do cansaço
GUILHERME FRIZZERA, doutor em relações internacionais pela Universidade de Brasília (IREL/UnB), coordenador do curso de relações internacionais na Uninter
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A vitória do La Libertad Avanza (LLA) nas eleições legislativas argentinas redesenha o equilíbrio de forças em Buenos Aires e condiciona o governo de Javier Milei para os próximos dois anos. O resultado surpreendeu muitos analistas, mas não deve ser interpretado como um endosso amplo às políticas presidenciais. Ele reflete, antes, o desgaste da população diante do sistema político e da fragmentação dos partidos tradicionais. O voto não foi tanto um sinal de adesão quanto uma expressão de desconfiança em relação às alternativas disponíveis.
No Congresso, o avanço do LLA aumenta a capacidade de negociação do governo, fortalecendo a margem para aprovar projetos e criando uma base mais sólida para transformar decretos em decisões com respaldo parlamentar. O fator decisivo, porém, foi a desorganização da oposição. O peronismo, sem uma liderança consolidada, falhou em unir suas forças. Como apontam Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, professores da Faculdade de Governo e Ciência Política da Universidade Harvard e autores do best-seller Como as democracias morrem, para que líderes outsiders sejam efetivamente contidos, é essencial que as forças democráticas se unam, permitindo a Milei operar sem um contraponto eficaz. Figuras........





















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