A paz vai parar a matança em Gaza?
Ricardo Pires — jornalista, sociólogo, mestre em ciências políticas e especialista em política internacional
Israel matou cerca de 66 mil palestinos, a maioria, mulheres e crianças, na Faixa de Gaza. Dois milhões de pessoas são empurradas de um lugar a outro, feito gado, e morrem por bombas, famintas, pisoteadas, sob escombros, como se fossem baratas. É difícil haver tanto terror e violência por parte de um Estado contra um povo indefeso, só comparável ao cerco nazista a 350 mil judeus no Gueto de Varsóvia, nos anos de 1940.
O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 é crime bárbaro, totalmente condenável. Mas também é crime gravíssimo condenar e dizimar todo um povo pelos atos de um grupo terrorista. Por suas ações em Gaza, Israel foi acusado de cometer crimes de genocídio e contra a humanidade e crime de guerra, segundo resolução aprovada pela Associação Internacional de Acadêmicos de Genocídio (IAGS) em 1º de setembro último. Não há como entender a omissão da "civilização cristã ocidental" por dois anos diante dessa matança insana.
Em Gaza, não há guerra, como na Ucrânia, pois só há o Exército israelense, armado pelos Estados Unidos, que destrói impunemente um país e extermina uma nação e um povo faminto, indefeso e encurralado. Essa matança jamais levará à paz duradoura, pois cria milhares de órfãos e vítimas que não esquecerão essas atrocidades. Mas o partido Likud, os radicais de direita e os religiosos, que formam o governo de Benjamin Netanyahu não querem paz. Querem vitória, expulsar as pessoas, ocupar suas terras e impedir que seja criado um Estado palestino, como prevê a ONU.
Criar um Estado judeu em toda a palestina é o projeto dessa frente de direita que dirige Israel desde 1999, com a morte dos grandes líderes moderados, como........





















Toi Staff
Gideon Levy
Tarik Cyril Amar
Stefano Lusa
Mort Laitner
Robert Sarner
Mark Travers Ph.d
Andrew Silow-Carroll
Ellen Ginsberg Simon
Juda Engelmayer