A guerra é branca. A luta, negra: marchando por um armistício para o Brasil
Ana Flauzina, professora da Faculdade de Educação e do programa de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia, tem mestrado em direito (UnB) e doutorado em direito (American University Washington College of Law)
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É do fundo da alma, do canto do peito em que pulsa verdade, amor e compromisso, que deságuam essas palavras. Sei que de mim se esperam as linhas retas, as respostas prontas, as sentenças definitivas. Mas não posso dar o que não tenho. Desde o dia 28 de outubro, estou mergulhada no silêncio, tentando achar um beco de saída para esse labirinto sem mapa.
Não que haja novidade em termos de tragédia. Afinal, em que rincão do Brasil o rio do sangue negro não jorra? Mas houve ali a assinatura pública de um projeto de país que celebra a morte e nos convoca a aderir ao terror.
Falo desse mundo criado pelos homens e para os homens. Esse mundo masculino e, indiscutivelmente, branco, que gestou a tragédia brasileira e, agora, se arvora a apresentar soluções para o colapso. São homens engravatados determinando operações — muitos expostos em CPIs das milícias e das armas; homens fardados executando ordens; homens armados coordenando facções; homens togados chancelando matanças. Essa estética da violência é a disputa de um grupo de homens sobre outros — e de todos eles sobre nós.
Neste mundo, a masculinidade é semantizada como violência. E a virilidade armada, sabemos, pertence à mesma constelação dos red pills que naturalizam a predação, dos videogames que transformam a morte em passatempo e das músicas que exaltam o domínio masculino sobre as........





















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