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O passatempo de Trump

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20.07.2025

Enquanto a economia do Brasil acompanha com apreensão a guerra tarifária declarada pelo presidente dos Estados Unidos ao Brasil, Donald Trump relaxava no MetLife Stadium na final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, no domingo passado, fazendo juras de amor ao maior craque da história do futebol e ensaiava fazer média com a Fifa. Ele pretende abolir a expressão "soccer" para se referir ao esporte mais popular do mundo no país do futebol americano, do basquete, do beisebol e do hóquei sobre o gelo. A Major League Soccer (MLS), por exemplo, passaria a se chamar Major League Football.

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Anfitrião da recém-encerrada Copa do Mundo de Clubes e da Copa do Mundo de seleções em 2026, numa parceria com o Canadá e o México, Trump, de bobo não, tem nada. Ele olha para trás, reconhece a força política do futebol no comportamento de outros chefes de Estado de diferentes continentes e nações, e não pode contrariá-la.

Angela Merkel usou a Copa para mudar a imagem da Alemanha em 2006. Jacob Zuma e Nelson Mandela trabalharam pela inclusão da África do Sul na rota do megaevento em 2010. Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff investiram pesado para abrir a "Copa das Copas" em 2014.

Vladimir Putin simulou simpatia ao escancarar as portas da Rússia em 2018. Hoje, os clubes e a seleção do país estão banidos das competições devido à guerra contra a Ucrânia. O emir Tamim bin Hamad al-Thani quebrou o gelo em 2022, ao apresentar o Catar, o pequenino país do Oriente Médio, ao planeta em uma Copa marcada pela excelência. O xeque Mohammad bin Salman bin Abdulaziz Al Saud morreu de inveja e garantiu a realização do principal torneio do mundo na Arábia........

© Correio Braziliense