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A inteligência artificial nas tranças de Rapunzel

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10.11.2024

Felipe Buchbinder, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), doutor em administração pela FGV e mestre em inteligência artificial pela Duke University ( EUA)

Tudo o que é bom dura pouco, exceto o que é bom mesmo. O Teorema de Pitágoras já dura milênios, mas nunca falhou em encontrar a tão cobiçada hipotenusa. A inteligência artificial (IA) terá a mesma longevidade? Após dezenas de bilhões de dólares investidos na certeza de que sim, o mercado agora sofre a dúvida do talvez não.

Como um jovem Davi que nunca conheceu uma Bate-Seba, a IA ainda não teve tempo de ser posta seriamente à prova. Já mostrou vícios: exige volumes inenarráveis de dados, dados que são obtidos muitas vezes sem consentimento, e, às vezes, produzem resultados sem sentido algum. Talvez, esses vícios sejam sanáveis. O tempo dirá.

O que já foi dito, todavia, justifica cautela. Estudos do Massachusetts Institute of Technology (MIT), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), separadamente, concluíram que os efeitos da IA sobre a produtividade serão modestos: menos de 1% em 10 anos, segundo o estudo do........

© Correio Braziliense


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