Cuba resiste, cria e avança: A solidariedade internacional e o desafio de enfrentar o bloqueio recrudescido
Por José Reinaldo Carvalho - O Presidente da República de Cuba e Primeiro-Secretário do Partido Comunista, Miguel Díaz-Canel, expressou no Rio de Janeiro, no último domingo (6), o profundo sentimento de gratidão e irmandade entre os povos de Cuba e do Brasil. Ele se reuniu com centenas de militantes e dirigentes políticos e sociais, intelectuais e artistas, protagonizando um dos mais importantes eventos à margem da 17ª Cúpula do BRICS. A presença do dirigente cubano no Brasil ocorre por ocasião desse importante evento geopolítico, cujos atores centrais são os países emergentes da maioria global. Com seu alargamento recente, o BRICS representa uma esperança concreta de construção de uma nova ordem internacional multipolar e justa. Cuba participa como país parceiro estratégico, levando sua voz altiva e soberana, forjada em mais de seis décadas de resistência frente ao cerco imperialista.
Em sua fala, Díaz-Canel descreveu o complexo e desafiador cenário vivido pela Ilha: trata-se, segundo ele, do momento mais difícil da Revolução Cubana desde o glorioso 1º de janeiro de 1959, data em que o povo cubano triunfou, liderado por Fidel Castro.
A difícil conjuntura atual tem como causa central o recrudescimento do criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de 60 anos. Nos últimos anos, o bloqueio sofreu um recrudescimento sem precedentes, durante o primeiro mandato de Donald Trump, o governo Biden e agora com o retorno de Trump à chefia da Casa Branca. Agora, com uma caterva de anticubanos à frente da política externa para a região latino-americana e caribenha, os efeitos do recrudescimento do bloqueio fazem-se sentir de maneira ainda mais brutal.
Entre as mais de 240 medidas adicionais adotadas por Trump que caracterizam o recrudescimento do bloqueio, destacam-se a inclusão de Cuba, de forma caluniosa e cínica, na infame lista de "Estados patrocinadores do terrorismo", o que implica severas restrições financeiras e comerciais, impedindo transações bancárias internacionais, investimentos estrangeiros e acesso a créditos; a intensificação das sanções contra o setor de saúde, dificultando o acesso a medicamentos, insumos médicos e tecnologias, o que, em plena pandemia da covid 19, constituiu........
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