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A Maçonaria em Cuba e a revolução: a realidade que não querem que você saiba

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Discutir a presença da Maçonaria em Cuba exige coragem intelectual e compromisso com a verdade, desafiando os preconceitos e estigmas que envolvem tanto o pensamento maçônico quanto o socialismo da ilha. Por décadas, uma visão simplista e distorcida propagou a ideia equivocada de que a Revolução Cubana erradicou ou perseguiu sistematicamente a Maçonaria, tratando-a como uma instituição incompatível com o projeto socialista. No entanto, essa narrativa ignora objetivamente a realidade concreta das lojas maçônicas cubanas e sua ativa participação na sociedade.

A Maçonaria em Cuba: Vitalidade e Expansão

Contrariando especulações, a Maçonaria cubana não apenas sobreviveu à Revolução, mas prosperou, mantendo uma presença vibrante e significativa. Suas lojas contam com um número de obreiros e uma frequência superior à de muitos países que se autointitulam como democráticos e de tradição maçônica. Diferente do que ocorreu no Brasil sob Dom Pedro I, a Maçonaria em Cuba nunca foi fechada ou levada à clandestinidade; pelo contrário, permaneceu ativa e atuante.

O Funcionamento da Grande Loja de Cuba

Com mais de 150 anos de história, a Grande Loja de Cuba permanece uma instituição forte e em constante crescimento. Em um país com aproximadamente 10.94 milhões de habitantes, ela reúne mais de 29 mil maçons distribuídos em 316 lojas, o que demonstra sua relevância e influência na sociedade cubana.

Para efeito de comparação, o estado de São Paulo, com cerca de 46 milhões de habitantes, abriga a Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP), a maior Obediência Maçônica Estadual do Brasil, que conta com menos de 21 mil membros. Essa diferença populacional torna evidente que, proporcionalmente, a Maçonaria em Cuba é significativamente mais ativa e frequentada, destacando-se como um dos pilares de sua identidade histórica e cultural.

No cenário internacional, a Grande Loja de Cuba mantém uma rede de reconhecimento impressionante, contando com 170 tratados, incluindo a Grande Loja Unida da Inglaterra, todas as 27 Grandes Lojas Estaduais Brasileiras (CMSB) e o Grande Oriente do Brasil, além de 47 Grandes Lojas Estaduais dos Estados Unidos. Mais do que reconhecida, a Maçonaria cubana permanece ativa e influente, sendo uma das fundadoras da Confederação Maçônica Interamericana (CMI) e anfitriã de importantes congressos.

A verdade que muitos temem encarar é que a Maçonaria e a Revolução Cubana, cada uma a seu modo, beberam da mesma fonte: a luta contra a opressão. Ambas se erguem, em sua origem, como respostas históricas à tirania, à ignorância institucionalizada e à exploração do ser humano pelo ser humano. Quando os revolucionários marcharam sobre Havana em 1959, não marchavam contra a liberdade — marchavam contra o abuso, contra a degradação humana promovida por um regime de........

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