Dispersos no vento e no tempo
Abandona a tua terra – ordena o senhor todo poderoso.
Mas como se essa é a terra dos meus antepassados e acredito num Deus mais poderoso do que a humana ameaça. Na poeira dos escombros, no meio da destruição, o ar é seco e duro. Respiramos mal, mas respiramos mais um dia em que não morremos ou ficamos feridos. Não resta casa para habitar, mas a casa somos nós, a comunidade. O povo palestiniano.
Foi breve a alegria do cessar-fogo. As nuvens de fumo das explosões sobem em espiral, cor de ferrugem, cinza e negro. O sol estranhamente encoberto........
© Barlavento
