Saíram da hibernação
De repente, lembram-se das associações, das comissões de festas, dos bombeiros, das bandas e remanescentes coletividades. Este ritual coreografado – como se houvesse um manual de instruções para aparecer na vida pública – é materializado pelos abraços e fotografias que se multiplicam, tudo com a pressa de quem desperdiçou três anos em silêncio e agora pretende recuperar alguma fugacidade em três meses.
A problemática não reside na presença. Esta, principalmente nos lugares mais remotos, deve ser sempre bem recebida. A questão assenta na precedente ausência, que transmite agora uma encenação, onde cada aperto de mão é uma tentativa de capitalizar votos, ao invés de uma mera expressão de empatia.
Esta........
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