Gregorio Duvivier mostra como fazer rir sem ofender, humilhar ou diminuir
Fui ver "O Céu da Língua", espetáculo escrito e interpretado por Gregorio Duvivier, que passou por São Paulo mais uma vez e que agora segue seu destino pelo Brasil. Uma hora e meia de beleza, humor, inteligência e criatividade. Sem diminuir ninguém. Sem humilhar, sem apequenar, sem espernear. Bem, talvez apenas algumas palavras, expressões e verbetes possam se sentir agredidos. Um ou outro Rei talvez possa não gostar. Já a trema, por exemplo, vai sair do teatro mais ou menos como eu: em estado de deslumbre e absurdamento. No mais, é só beleza, sagacidade e arte.
A diferença entre arte e entretenimento é que o entretenimento existe para que a gente esqueça dos problemas; a arte existe para lembrar, para cutucar, para transformar. Sempre que você tiver dúvida a respeito dessa separação, pense: estou vendo isso........
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