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Por que Biden está perdendo e o que ele pode fazer para mudar isso

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17.06.2024

Não são exatamente os números das pesquisas de Joe Biden que me preocupam. É a negação do que está por trás deles.

Entre os eleitores prováveis, Biden está atrás de Donald Trump por 1 ponto em Wisconsin e 3 pontos na Pensilvânia. Ele está à frente por um ponto em Michigan. Conquistar esses três estados é um caminho para a reeleição, e eles estão ao alcance.

Ainda assim, Biden está perdendo. Em 2020, Biden não apenas venceu em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Ele também venceu em Arizona, Geórgia e Nevada. Agora ele está atrás nesses estados por 6 pontos, 9 pontos e 13 pontos na última pesquisa New York Times/Siena/Philadelphia Inquirer. Esses estados se tornaram republicanos? Não. A mesma pesquisa mostra os democratas liderando as corridas para o Senado em Arizona, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

Pesquisas nacionais mostram os democratas ligeiramente à frente dos republicanos para o controle do Congresso. O voto "nunca Biden" agora parece maior do que o voto "nunca Trump". O eleitorado não se virou contra os democratas; um grupo crucial de eleitores se virou contra Biden.

Biden continua a se comportar como um candidato que está ganhando, em vez de um que está perdendo. Ele e os democratas precisam de uma teoria sobre por que ele está atrás nas pesquisas e o que fazer a respeito. Aqui estão as mais óbvias.

Parece ser essa a visão de Biden. "Os dados das pesquisas têm estado errados o tempo todo", ele disse à CNN na semana passada. O Axios relata que a negação das pesquisas é generalizada na campanha de Biden.

Há duas coisas a dizer sobre isso. A primeira é que é falso. Mesmo quando os especialistas previam uma onda republicana em 2022, as sondagens mostravam que os republicanos ficariam aquém, e estavam certas. "As pesquisas foram mais precisas em 2022 do que em qualquer ciclo desde pelo menos 1998", relatou o FiveThirtyEight.

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A segunda é que, se as pesquisas estiveram erradas nas eleições presidenciais recentes, foi porque estavam enviesadas a favor dos democratas. Trump se saiu melhor em 2016 e 2020 do que as sondagens previam. Claro, as pesquisas podem estar erradas. Mas isso poderia significar que Trump é mais forte do que parece, não mais fraco.

Como membro da mídia, tenho ouvido isso com mais frequência. Biden defendeu ele próprio o argumento no jantar dos correspondentes da Casa Branca. "Sinceramente, não estou pedindo que tomem partido, mas peço que se elevem à seriedade do momento; superem os números da corrida eleitoral e os momentos de pegadinha e as distrações, os espetáculos que dominaram e sensacionalizaram nossa política; e foquem no que realmente está em jogo", disse.

Sempre é possível que a mídia possa fazer um trabalho melhor. Mas como explicação para os números das pesquisas de Biden, isso não se sustenta. Em abril, a NBC News divulgou uma pesquisa nacional segmentando os entrevistados pela forma como eles obtêm notícias e informações.

Biden liderava por 49 pontos entre os eleitores que confiavam em jornais; liderava por 20 pontos........

© UOL


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