Menos de quatro meses após aprovar de forma unânime uma lei que tornava obrigatória a instalação de câmeras nas áreas comuns de condomínios com 10 ou mais unidades, a Câmara de Vereadores de Natal derrubou a medida no último dia 11, quando a casa decidiu manter o veto à lei dado pelo prefeito Paulinho Freire (União Brasil).

O projeto ganhou o nome de lei Juliana Soares, vítima de tentativa de feminicídio ao receber 61 socos do então namorado em 26 de julho, dentro de um elevador, na capital potiguar. Uma câmera de segurança registrou a agressão que chocou o país pela brutalidade da violência.

Juliana precisou passar por uma cirurgia para retirar fragmentos de ossos quebrados e instalar placas de titânio. Após o caso, ela passou a dar palestras e participar de eventos para, além de contar sua dor, cobrar medidas para reduzir a violência contra a mulher. Em agosto, ela foi homenageada pela Câmara de Natal.

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