Anunciar a alegria do Evangelho
Não deixa de ser surpreendente a multiplicidade das palavras de sincero apreço pelo pontificado do Papa Francisco que se leem e ouvem por estes dias, vindas dos mais diversos quadrantes, de autoridades, pensadores, artistas e pessoas comuns. Assim, por exemplo, o voto aprovado por unanimidade na nosso Parlamento e o discurso aí pronunciado pelo nosso Presidente da República, que associa a mensagem de Francisco aos ideais democráticos do 25 de abril.
Os analistas e comentadores salientam, dessa mensagem, os apelos à paz e à amizade social, o amor preferencial pelos pobres e descartados, a inclusão de todos, a denúncia da “economia que mata”, o acolhimento de imigrantes, o elogio da humildade, da simplicidade e da sobriedade, o diálogo entre gerações, entre religiões e entre culturas, o cuidado com a Casa Comum. Talvez devessem também recordar a promoção da vida em todas as suas fases, sobretudo as de maior fragilidade, desde a conceção até à morte natural, aspeto que tem sido esquecido.
No que mais especificamente diz respeito à vida da Igreja, é dado relevo à prática........
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