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Resmas e paletes, de comentadores

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15.06.2025

Gosto de escrever sobre política. Faço-o neste palco, de forma graciosa. O que escrevo são opiniões, num espaço em boa hora criado no Observador: o da opinião que só obriga aqueles que as subscrevem. Em muitos dos meus textos faço o anúncio: sou de direita, conservador e católico; não gosto de revolucionários, de reaccionários e de populistas. Estes factores, conjugados com os pré-conceitos que todos temos: família, meio social, educação, escolas frequentadas, amigos, raça, local de nascimento, etc., levam-me a ter as opiniões que tenho.

Não me considero independente. Pelo contrário, sou dependente do que acredito. Formular uma opinião não é para independentes.

Em Portugal criámos uma classe: a dos comentadores, pessoas com a capacidade de analisar as situações e peneirar a espuma dos dias. A questão reside no facto de muitos destes comentadores se anunciarem como independentes. Ora, como é óbvio, não existe tal coisa. Podem não ser filiados num partido, mas não é isso que os torna independentes.

O que são, então, os comentadores das televisões que se intitulam como independentes? Pessoas sem opinião própria? Sem convicções? Ou simplesmente navegadores de tormentas cujo único objectivo é manterem o trabalho?

No nosso país, que mantém ideias pacóvias vertidas em lei, obriga-se a que os canais de televisão, mesmo os privados, diversifiquem a opinião. O que é isso? Na minha opinião é um receio saloio da esquerda, face aos ricos. Ou seja, o medo que os ricos promovam e paguem um canal de tv, um jornal, que defenda uma qualquer ideia (que não de esquerda, é claro). É mais fácil viver à conta do Estado e querer que todos o façam.

Resultado? Temos........

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