Trump, as novas tarifas sobre os automóveis e Ford
A vitória eleitoral de Trump utilizou como um dos principais trunfos a promessa do aumento de poder de compra pois — e bem pude eu testemunhar semanas antes das eleições — o custo dos bens e serviços correntes para o americano médio estavam muito elevados, em especial combustíveis e supermercados. Ora, a promessa de Trump baseou-se numa lógica simplista mas que convenceu o eleitor não esclarecido: o mal vem do exterior que prejudica a grande América pelo que a solução será lançar tarifas sobre as principais importações. Ora convém recordar que o paradigma proteccionista sempre atraiu muitos políticos e eleitores, e nós, portugueses, não nos podemos esquecer da máxima “ orgulhosamente sós” que imperou antes do 25 de Abril. Aliás, a administração Biden também foi pródiga em políticas proteccionistas, geralmente baseadas na subsidiação das empresas americanas e na atribuição de contratos públicos a empresas dos EUA mesmo quando outras, em especial, europeias, apresentavam melhores propostas sendo bem conhecido o caso de elevado contrato de companhia de aviação americana que ia adquirir os aviões à Airbus e cujo CEO recebeu telefonema do Presidente para comprar à Boeing o que veio a acontecer.
O dilema de abrir mercados ou proteger as economias nacionais corresponde sempre a debate interessante pois a segunda opção poderá permitir temporariamente proteger setores nascentes ou evitar concorrência desleal de quem não........
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