Prosperidade ou é preciso piorar para melhorar?
Na última semana de campanha eleitoral, sobram desafios que nos garantam prosperidade com igualdade, e faltam aos nossos protagonistas políticos ideias corajosas que comecem a aliviar os bloqueios e problemas que se têm agravado ao longo dos últimos anos. Os diagnósticos nas mais diversas frentes são tão preocupantes e agravados pela conjuntura internacional, que é preciso uma enorme dose de optimismo para não antecipar que escasseiam as soluções que não passem por ruturas.
Não há hoje, no mundo empresarial, quem não identifique a incapacidade de tomar decisões como um dos grandes bloqueios na concretização de projetos de investimento. A intrincada teia legislativa e de reguladores aliou-se a um medo instalado de tomar decisões, que começa na administração pública e sobe até aos dirigentes políticos.
Se não conseguirmos simplificar os processos de decisão, de forma a dar mais confiança a quem decide, não conseguiremos aproveitar as oportunidades que se abrem com o reajustamento da globalização e a reindustrialização. Nem conseguiremos concretizar projetos públicos de infra-estruturas, que já levam décadas de atraso, como o novo aeroporto, as novas travessias do Tejo, a ferrovia e transportes públicos adaptados às necessidades de toda a população das áreas urbanas e não sejam apenas, como já acontece, o destino daqueles que não têm dinheiro para andar de carro.
A habitação é........
© Observador
