Imaginar Portugal: o sonho de Cotrim para Belém
Há não muito tempo atrás, apresentei aqui algumas reflexões sobre o fenómeno da candidatura de Gouveia e Melo e sobre a possível rota do Almirante para Belém, não obstante o meu cepticismo inicial. Gouveia e Melo tinha (e ainda tem) a seu favor o potencial de corporizar de forma relativamente benigna e abrangente a saturação de boa parte do eleitorado português com os dois principais partidos tradicionais do centro: PS e PSD. Beneficia também do contraste de personalidade e postura com Marcelo e da fraca concorrência nestas presidenciais. Perante o panorama pouco estimulante da concorrência que enfrenta, continuo convicto do potencial da candidatura do Almirante mas a verdade é que a campanha de Gouveia e Melo tem deslizado e ficado aquém desse potencial.
A excessiva colagem ao sistema – patente no destaque dado a alguns apoios relativamente aos quais se recomendaria pudor assim como no discurso ensaiado de redentor do sistema – desbarataram parcialmente o principal activo da candidatura do Almirante. Aparecer rodeado de algumas das figuras menos recomendáveis do regime ao longo das últimas décadas não é bom cartão de visita para ninguém – muito menos para quem pretende capitalizar a insatisfação sentida por muitos portugueses com o rumo desse mesmo regime. Não é demasiado tarde para corrigir a rota mas a candidatura terá de fazer mais e melhor do que fez até agora para concretizar a chegada a bom porto do Almirante. Numa outra frente importante, o distanciamento excessivamente marcado face ao Chega conjugado com algumas críticas desnecessárias reduziram a margem de André Ventura para não ir a jogo nas presidenciais. Ao mesmo tempo, esse posicionamento reforçou a........





















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