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A relevância das autárquicas para Chega e IL

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09.10.2025

As eleições autárquicas do próximo dia 12 apresentam vários motivos de interesse. Desde a imperfeita — mas inevitável — leitura nacional que será feita dos resultados relativamente ao fortalecimento ou enfraquecimento do Governo e da coligação que o apoia no Parlamento até à capacidade de recuperação ou ao agravamento da crise existencial do PS, sem esquecer a avaliação da representatividade local das várias facções e partidos da esquerda radical e da extrema-esquerda. Mas pretendo aqui focar-me num outro tema de interesse específico: a relevância que as próximas eleições autárquicas terão para as duas novas forças partidárias que em Portugal se procuram afirmar e consolidar à direita – Chega e Iniciativa Liberal.

Começando pelo Chega, depois de conseguir elevar-se a segundo maior partido na Assembleia da República nas eleições legislativas deste ano, estas autárquicas serão importantes para perceber até que ponto a alteração no sistema partidário português é estrutural ou pode ainda ser conjuntural e reversível. Importa recordar que, nas eleições autárquicas de 2021, o Chega teve pouco mais de 200.000 votos (correspondentes a cerca de 4% a nível nacional) e que, ainda recentemente, nas eleições europeias de 2024 (nas quais o candidato não foi André Ventura…) o partido ficou abaixo dos 10% e praticamente empatado com a IL, cuja lista foi liderada pelo agora candidato presidencial João Cotrim Figueiredo.

As autárquicas serão também importantes para o Chega tentar conseguir uma maior implantação e estabelecimento de redes a nível local. O acesso ao poder autárquico é fundamental para que as máquinas dos principais partidos consigam ter redes de quadros espalhados pelo território e esse tem sido aliás ao longo das últimas décadas um dos principais trunfos do PSD, PS, PCP e, em menor grau, CDS. Do ponto de vista da sinalização a nível nacional, o........

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