Débil balão esta vida…
Assisti no passado mês de junho a uma excelente peça teatral de Luís Francisco Rebelo – Alguém terá de morrer com uma magnífica encenação de João Mota e uma brilhante interpretação de Carlos Paulo, entre outros atores de alta qualidade. Resumidamente, o texto escrito há muitos anos mas que não perdeu atualidade, retrata, na perfeição, a sociedade atual onde se misturam injustiças, falta de humanidade, negócios obscuros, futilidades do dia a dia, problemas da adolescência, quando, de repente, o ‘destino’ bate à porta de uma família, na pele de um ‘desconhecido’, avisando que alguém terá de o acompanhar, não obstante todos o quererem evitar, pelo instinto natural do apego à vida. Apesar de se tratar de uma peça de teatro devidamente trabalhada para ser levada à cena, é o retrato fiel dos nossos dias e convida-nos a uma profunda reflexão.
Por ironia do destino, um mês depois, fomos bombardeados com a notícia de um acidente fatal que vitimou Diogo Jota e seu irmão André Silva. O caso, muito mediatizado, chocou-nos em especial e a meu ver por três motivos. Por se tratar de dois jovens com muito a esperar da vida,........
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