Opinião | Só a falta de moderação atrai atenção?
Economista e ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan escreve mensalmente na seção Espaço Aberto
Economista e ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan escreve mensalmente na seção Espaço Aberto
Daqui a 12 meses o Brasil definirá o governo para o quadriênio 2027-2030, mas definirá também muito mais. Uma eleição presidencial constitui a oportunidade, por excelência, para que o País melhore a qualidade do debate público informado sobre os principais desafios com os quais se defronta. Tarefa fundamental, que exige de candidatos e respectivas equipes, farol alto e visão de longo prazo – e com relação à qual o Brasil falhou nos pleitos de 2014, 2018 e 2022.
Em 2014, a presidente Dilma Rousseff anunciou que, em época de eleição, o governo poderia “fazer o diabo”. E o fizeram. A própria presidente Dilma reconheceu (Valor Econômico, 11/9/2015) que “aplicou por um período de tempo excessivo uma política anticíclica agressiva”. Aloizio Mercadante, possivelmente seu ministro mais próximo, afirmou à Folha de S. Paulo: “(...) Fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço por manter os investimentos, de manter gastos.”
Em 2018, Bolsonaro sagrou-se vencedor, com base em incisivo discurso contra o lulopetismo e a velha política do “toma lá, dá cá”. Inaugurou no Brasil o uso das redes sociais como instrumento de........
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