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Ria Formosa: Seja bem-vindo quem vier por bem!

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tuesday

Do PSD ao PS, foram sucedendo-se governantes que apoiados pela estrutura técnica das organizações do ministério do Ambiente foram sempre tomando medidas que visavam a demolição dos núcleos habitacionais.

Começou na década 1980 com Carlos Pimenta que mal acompanhado nunca deve ter percebido que naquelas ilhas vivia gente humilde que tinha na Ria Formosa o seu sustento e prosseguiu mais tarde com José Sócrates, quando elaborou o Plano de Ordenamento da Orla Costeira instituindo o conceito de renaturalização que só a determinação e união dos culatrenses, inclusive com um boicote eleitoral, e a intervenção atempada do então deputado José Apolinário junto do governo garantiu a consolidação do núcleo da Culatra, uma zona de instalação para a segunda geração e o porto de abrigo para os pescadores.

O ponto mais tenso seriam os anos do governo Passos Coelho.

O Ministério do Ambiente do governo PSD/ CDS avançava decidido para as demolições que ocorreram na Ilha de Faro, com a total passividade, se não mesmo colaboração, da câmara local do PSD. Quem não se recorda do presidente da câmara de Faro confidenciar que já tinha feito a sua parte, referindo-se ao tácito consentimento para a demolição de uma casa propriedade de um familiar.

Mas no Farol e nos Hangares a reação seria outra. As populações organizaram-se, fizeram ouvir os seus protestos e encontrando um parceiro na vizinha Câmara Municipal de Olhão, decidiram opor-se ao governo da AD e lutar contra as demolições.

Na mesma altura em que a Câmara de Faro, liderada pelo PSD, recusava a proposta dos vereadores do Partido Socialista para incluir na revisão do PDM os núcleos urbanos da Culatra, Hangares e Farol, obrigando o governo ao diálogo de forma a encontrar-se em sede de concertação um modelo de gestão para aqueles........

© Barlavento


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