Ambipar: gigante verde mina a confiança dos investidores
Jornalista, assessor de investimentos e fundador do Monitor do Mercado
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Abrir capital na Bolsa de Valores do Brasil exige uma montanha de processos e dinheiro. Ao mesmo tempo que isso afasta aventureiros, diminuindo o risco de insolvência, torna nosso mercado de ações minguado, com cerca de 400 companhias.
Isso praticamente impede a existência das penny stocks (ações de centavos), famosas no mercado dos Estados Unidos. No caso dessas companhias minúsculas, a multiplicação do preço de seus papéis por milhares de vezes, da noite para o dia, com a descoberta de uma nova tecnologia, uma mudança de fornecedor ou mesmo uma notícia, é quase corriqueiro. Assim como o fechamento de portas, na mesma velocidade.
Como aqui são poucas (e graúdas) companhias, o encerramento de uma delas vira manchete de jornal. Assim também deveria ser no caso de uma hipervalorização a jato. Muitas vezes, o que vem a seguir desse tipo de movimento é um encolhimento e, posteriormente, a descoberta de fatores "pouco republicanos" a inflar os preços.
Entre junho e dezembro do ano passado, vimos o preço de um papel disparar mais de 3.000%, de uma empresa considerada "boring" (chata, em inglês) por analistas, por ser de um mercado normalmente sem muitas emoções –ao contrário de uma rede de supermercado ou de uma petroleira, sujeitas a muitas variáveis econômicas e operacionais.
A valorização a vapor se deu nas ações da Ambipar (AMBP3), gigante "verde", de soluções ambientais, como gestão de resíduos e logística reversa. Sem querer parecer arrogante, lembro que na época dos fatos, publiquei uma coluna com o........
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