Quando os extremos se tocam
Na passada semana falámos aqui, a propósito de Nanban-Jin – Os Portugueses no Japão, de Luís Filipe Thomaz (ed. Gradiva), sobre «a lenta aproximação dos extremos». Hoje falaremos sobre o momento em que esses extremos se tocam.
O encontro deu-se em 1543, quando «desembarcaram na ilha de Tanegaxima, no extremo sul do arquipélago, os primeiros aventureiros portugueses, vindos de Fuquiem, na China», diz-nos Thomaz.
Circulavam rumores de que o Japão (palavra que nos chegou por via do malaio Jepun, uma simplificação de jìh-pên-kuó, ‘país do sol nascente’) seria rico em ouro, o que acabou por não se verificar. Em contrapartida, abundava a prata, escassa na China – e além do mais estes dois países não mantinham contactos diretos, pelo que os mercadores portugueses se depararam aí com uma apetecível oportunidade de........
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