Albânia nomeou ministra digital para prevenir e combater a corrupção – promessa de transparência ou automatização da opacidade?
A nomeação de Diella, um sistema de Inteligência Artificia (IA), para o cargo de Ministra de Estado que terá a seu cargo as Aquisições Públicas, intensifica o debate internacional sobre governação algorítmica, ética, transparência e risco de influência política. Diversas entidades como, GRECO e Comissão Europeia convergem numa mesma conclusão: tecnologia sem reformas estruturais não combate a corrupção
A decisão do Governo albanês nomear Diella (um sistema de IA) para liderar o setor das aquisições públicas marca um momento inédito na utilização destas tecnologias no domínio das políticas públicas tornando-se o primeiro agente de IA do mundo a ser nomeado para um cargo governamental, assumindo funções ministeriais. Esta medida surge na sequência dos adiamentos sucessivos de integração da Albânia na União Europeia, devida à corrupção entranhada no sistema político e administrativo, que constitui um obstáculo difícil de ultrapassar sem reformas profundas e uma fiscalização efetiva.
Contudo, especialistas alertam que, sem reformas profundas e mecanismos independentes de fiscalização, o risco de automatização da opacidade é real. A digitalização, por si só, não elimina redes informais de favorecimento, podendo antes tornar os desvios mais rápidos, menos visíveis e mais difíceis de escrutinar publicamente. Esta preocupação é reiterada nos Relatórios de Progresso da Comissão Europeia, que identificam falhas recorrentes nas aquisições públicas e indícios de captura política dos processos decisórios, e pelo GRECO (Grupo de Estados contra a Corrupção, organismo criado em 1999 pelo Conselho da Europa para monitorar o cumprimento........© Jornal SOL





















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