Eleições, o estado das coisas e o futuro aqui tão perto
Nestas, ganha relevância política, não só o que se promete fazer, mas, porventura mais significativamente, a escolha dos temas que devem fixar a atenção dos eleitores.
Muitas de tais propostas são, simplesmente, a conclusão lógica dos tópicos simbólicos que se quer enfatizar, mas pouco têm a ver com a resposta às questões que urge, de verdade, solucionar.
À direita, a que falecem representações de futuro, privilegiam-se, por isso, assuntos como o da segurança, o da ordem que, se assevera, reinava e se perdeu, o da moralidade dos programas educativos, o da primazia dos direitos dos nacionais sobre os dos estrangeiros.
Temas, esses, que remetem para uma memória idealizada de um passado em que a vida – dizem hoje – corria com tranquilidade e respeito.
Pouco importa, agora, demonstrar que tal retrato/memória é uma fantasia que, então, a censura dos noticiários ajudou a fabricar.
Tal retrato foi desenhado e publicitado, tendo-se fixado no imaginário coletivo de uma parte........
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