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Quando o traficante vira trabalhador e o criminoso, herói. Onde vamos parar?

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Dias após a famosa operação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho que resultou na morte de 4 policiais e 117 bandidos, conforme informações do governo fluminense, a vereadora Karen Santos (Psol) subiu à tribuna da Câmara de Vereadores de Porto Alegre para oferecer ao país uma tese tão exótica quanto perigosa:

“O álcool é legalizado, o cigarro é legalizado, o açúcar, o café e os medicamentos tarja preta também. Quer acabar com as drogas? Regulamenta. Porque é interessante para o capitalismo explorar essa cadeia produtiva – das pessoas que plantam, das que embalam, das que transportam, até chegar no varejo, na biqueira. São trabalhadores, megaexplorados, sem direitos garantidos, e o setor é bilionário, sem taxação de impostos.”

O discurso parece saído de um panfleto de centro acadêmico cubano dos anos 1970 – e, infelizmente, foi dito por uma parlamentar em pleno exercício do mandato.
A fala da vereadora não é apenas absurda. É perigosa.

Chamar traficante de “trabalhador explorado” não é compaixão, mas a normalização de uma conduta criminosa e altamente prejudicial à sociedade. É classificar o crime como uma categoria social e, quando o crime se torna uma categoria social, o Estado de Direito desaba. A........

© Gazeta do Povo