Neymar e os arquibaldos
Neymar nunca levou desaforo para casa, mas aos 33 anos, o pai de quatro filhos, com passagem pelo Santos, Barcelona, Paris Saint-Germain, Al-Hilal, Seleção, três participações em Copa do Mundo (2014, 2018 e 2022), 32 títulos e o prêmio de terceiro melhor do mundo em 2015 — atrás somente de Cristiano Ronaldo e de Lionel Messi — deveria ter aprendido a domar as próprias emoções em 16 anos de carreira profissional. Mostrar-se superior ao comportamento quase sempre passional dos torcedores. Só que não! Falta maturidade para lidar com os "arquibaldos", um neologismo do saudoso Apolinho Washington Rodrigues.
Neymar prefere o modo reativo, fio desencapado. Está virando rotina nos gramados do país o bate-boca com quem minimamente o perturba. Foi assim na eliminação nos pênaltis contra o CRB na terceira fase da Copa do Brasil. Em vez de esfriar a cabeça no vestiário depois de converter a primeira cobrança no revés por 5 x 4, no Estádio Rei Pelé, o astro partiu furioso em direção à arquibancada para responder às provocações. Apontou para os torcedores do time alagoano, exibiu o escudo, levou o dedo........
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