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Pelo teatro, vale tudo

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20.10.2025

Estava na plateia quando Lilia Cabral agradeceu, ao fim do espetáculo A Lista, dizendo que estava muito feliz porque fomos assisti-la, a despeito de querer saber quem matou Odete Roitman. Eu fui uma delas. Não sou mesmo mais noveleira. Vi todas as boas novelas dos anos 1970, 1980 e uma ou outra dos 1990. Tornei-me teatreira (e essa palavra nem existe) nos últimos tempos. Não recuso convite nem chance de estar nesse espaço sagrado, em que a entrega é assustadoramente real. E quando a gente também se entrega na condição de espectador, a magia é completa.

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O teatro é antitela, é espaço onde a cena não se limita a cenário, nem mesmo a uma atuação impecável. Como uma brisa, o texto se espalha, o gesto do ator se expande e atinge em cheio a plateia. O teatro é a arte ao alcance dos nossos sentidos, um aceno ao real, embora tantas vezes fantasia ou ficção — e o que há de mais ficcional do que a vida vista por meio de telas?

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