Brasil precisa de horário de verão, mas problema de energia elétrica é mais profundo
O país vai ter de recorrer ao horário de verão a fim de aumentar a segurança do abastecimento de eletricidade em certos horários ou também reduzir custos de energia. Se não neste 2024, em 2025, a fim de não depender dos deuses da chuva. Faz uns dois meses, a proposta está na mesa do governo.
Mas limitar o debate ao horário de verão é desconversar sobre um monte de problemas e providências atrasadas. A seca no país, de resto, não reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas ao de anos críticos. No início de setembro, a quantidade de água para se produzir energia nas hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste era a maior desde 2011, com exceção de 2023, o melhor deste século. O problema é outro.
Para começar, é preciso distinguir entre capacidade total de gerar energia e energia disponível em certo momento do dia, no pico de consumo, por exemplo. Faz anos, o pico nos meses quentes migrou do começo da noite para o meio da tarde (mais eletricidade para ar condicionado). Foi um motivo para se desconsiderar a economia com o horário de verão. Mas há problema novo na noite.
Nesta quinta-feira (12), o consumo era de 94,8 mil MW às 15h15. Deste total, 44,7 mil MW........
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