Entre o desespero e a euforia
Diretora do Instituto Gerar de Psicanálise, autora de “Manifesto Antimaternalista” e “Felicidade Ordinária”. É doutora em psicologia pela USP
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Deve existir algo entre o assombro de uma chacina e a antecipação do Carnaval. Um respiro que nos coloque para além das experiências de horror ou de epifania, que sempre andam juntas.
Quando estávamos às vésperas de quase reeleger o pior governo da nossa história, responsável, por ação e por omissão, pela morte de milhares de brasileiros, fui a uma festa. O primeiro turno tinha embaralhado as cartas e acreditar numa saída dependia apenas da aposta pessoal de cada um. Não havia qualquer garantia de que não iríamos incorrer no mesmo descalabro.
Era uma festa dançante e uma alegria genuína e desesperada pairava no ar. A alegria de quem sabe que pode cair a qualquer momento. Não à toa estamos entre os povos mais festeiros do mundo. Há algo de epifânico em saber que cada festejo pode ser o último. Nada se torna mais valioso e digno de gozo do que aquilo que antecede o risco, que, para nós, tem sido........





















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