O perdão fiscal e a contradição libertária de Javier Milei
Historiadora e jornalista especializada em América Latina, foi correspondente da Folha em Londres e em Buenos Aires, onde vive
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Nos primeiros meses de governo, Javier Milei falou com veemência contra "os parasitas do Estado" e prometeu cortar gastos, caçar sonegadores e penalizar quem se aproveitava do sistema para acumular fortunas. Agora, anunciou o contrário: um generoso plano para legalização de divisas não declaradas em troca do pagamento de uma taxa simbólica.
A proposta, conhecida como "blanqueo", é velha conhecida na Argentina. Foi utilizada em diferentes administrações, incluindo a de Mauricio Macri que, em 2016, promoveu uma anistia que regularizou cerca de US$ 117 bilhões em ativos. Na época, o governo argumentou que a medida permitiria aumentar a base tributária e estimular o investimento.
No entanto, estudos posteriores apontaram que os recursos declarados foram mantidos, em sua maioria, fora da economia produtiva, e que a arrecadação adicional ficou aquém das expectativas. Além disso, a medida foi criticada por favorecer setores com maior capacidade de ocultar riquezas, aprofundando a sensação de desigualdade........© UOL
