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Das fake news aos falsos cognatos

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16.05.2024

No surto oportunista de fake news que veio na esteira das inundações no Rio Grande do Sul, o mais difícil de compreender não é a motivação de quem se dedica a fabricar mentiras em série para, à custa de vidas, tumultuar as ações do Estado e tirar proveito político da tragédia.

Essa motivação pode parecer alienígena a pessoas de boa-fé que conservam em estado funcional seus circuitos básicos de compaixão, humanidade e senso comunitário. No entanto, trata-se de uma conduta reconhecível e de certa forma até banal.

Estamos falando do velho banditismo, da ancestral pistolagem, ação criminosa de quem devia estar na cadeia –e, se um dia conseguirmos dar jeito em nosso país, estará. Nunca faltou gente ruim na história da espécie.

Bem mais difícil de compreender é por que tais formas grosseiras de desprezo à vida e à dor são acolhidas por tantas pessoas que não são, elas mesmas, bandidas, e que se acreditam movidas pela vontade sincera de consertar o que está quebrado na sociedade.

Embora ambos os lados contribuam para a letalidade do fenômeno, os fabricantes de fake news e a grande massa que as consome e ajuda a propagar habitam reinos morais........

© UOL


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